sábado, 4 de setembro de 2021

DIZER O QUE PENSA E APOIAR O CONSERVADORISMO VIROU CRIME NO FACEBOOK

 

Hoje no "Brasil" está assim, você querer que o seu país saia do buraco em que em quatorze (14) anos de mandato o "PT - Partido Dos Trabalhadores" conseguiu meter nosso querido país, virou crime. segundo o "STF". Ministério cujo a maioria dos ministros foram colocados lá pelos ex-presidentes "Lula e Dilma"! 

Para começar, valho-me de uma imagem formulada pelo helenista francês "Jean-Pierre Vernant" a propósito da dinâmica do mundo dos deuses gregos, a saber: A imagem de um jogo não somente com muitos jogadores, mas também com vários tabuleiros. O primeiro tabuleiro, ou arena de interação política, compreende os sistemas político e jurídico, que em boa medida estão sujeitos à mediação dos grandes veículos de comunicação com a população mais geral. Trata-se da esfera estatal onde ocorre a atuação dos agentes práticos da política institucional e do ordenamento jurídico. No que diz respeito aos poderes "Executivo e Legislativo", um dos resultados mais indiscutíveis da atual conjuntura tem sido a desqualificação da representação política, que, por princípio, seria corrupta ou leniente com a corrupção. A crise, até agora, desgastou de modo consistente a legitimidade dos políticos e da própria política.

Não que ela tenha um valor consolidado na "história brasileira". O contrário é mais verdadeiro. A atividade política em poucos momentos gozou de prestígio na opinião pública nacional, que sempre a viu com desconfiança, quando não de modo incriminador. A novidade mais recente foi a perda da bandeira da ética pelo campo político de esquerda, sobretudo pelo papel desempenhando pelo "Partido dos Trabalhadores (PT)". O discurso dos setores da esquerda sobre ética na política, que já se encontrava sob suspeita em alguns governos estaduais e municipais anteriores às eleições de 2002, começou a ser demolido de maneira consistente ainda durante o primeiro governo "Lula (2003-06)", em torno do "escândalo do Mensalão", cujo julgamento, em 2011 e 2012, foi sucedido por outro escândalo de corrupção na "Petrobras (o Petrolão)". Tudo isso aprofundou o descrédito dos políticos e da política (da esquerda, ao centro e à direita) a ponto de gerar em parte da população nas duas últimas eleições o desejo por opções vindas de fora do sistema político ou, de maneira mais radical, contrárias a ele.

Nota: E dizer essas coisas, relembrar os crimes cometidos pelos governos "PT" e apoiar o atual presidente "Jair M. Bolsonaro", virou crime nas "Redes Sociais", principalmente no "Facebook".

O segundo tabuleiro de interação política refere-se ao "plano da mobilização nas ruas e nas redes sociais digitais". Refiro-me aqui nas manifestações de rua que até o impeachment de "Dilma Rousseff", em 2016, passaram por pelo menos três grandes ciclos de protestos (junho de 2013, 2015 e 2016). Várias pesquisas feitas a partir de 2013 indicaram que as manifestações, regra geral, eram formadas por estratos sociais com características razoavelmente uniformes dos pontos de vista de renda, escolaridade e cor, fossem contrárias à "Dilma", fossem a seu favor. Acrescente-se ainda que, segundo estudos sobre o período do governo "Dilma (2011-16)", antes de junho de 2013 já estavam ocorrendo vários protestos com pautas variadas e não unificadas.

Paralela e virtualmente, os que se mobilizaram, naquela época, para ir às ruas utilizaram com regularidade as redes digitais como plataforma de expressão, informação e discussão política por meio de opiniões e compartilhamentos. Porém, ir às ruas e debater nas redes digitais são participações de qualidades e efeitos distintos. Por uma série de características da comunicação virtual a não co-presença, a construção de uma face virtual, a pouca oralidade, os limites da escrita digital, enfim, a mediação tecnológica, as convicções pessoais nas redes digitais são mais contundentes e excessivas do que quando em situações face a face. Penso nos militantes virtuais que não se dispõem a sair do algoritmo no qual estão circunscritos. Sua eficácia está mais no reforço da rede na qual se encontram do que nas manifestações políticas públicas. Diga-se, no entanto, que, mesmo sendo menor o engajamento presencial dos mobilizados pelas redes sociais, a militância virtual foi fundamental na convocação às ruas durante os protestos, além de favorecer a formação de correntes de opinião alternativas às linhas editoriais da grande imprensa.

Por fim, o terceiro tabuleiro é o nível da casa, da família, dos laços vicinais, religiosos e de trabalho, em suma, o plano das relações interpessoais cotidianas. Penso aqui no brasileiro mais ordinário, que participa pouco da vida política do país e pouco se informa sobre os atores e a dinâmica da política. Preocupa-se com ela sazonalmente, conforme ocorrem as eleições e os escândalos. Diferentemente do segundo tabuleiro, entendo que nesse terceiro boa parte da população não tem vivenciado a intensificação da política tal como a outra, mais engajada e participativa. Trata-se do universo de pessoas com menos atenção na rotina política, mas que está atento aos efeitos concretos das ações dos governos, sobretudo na economia cotidiana e nos serviços públicos.

Contudo, ressalte-se, os "canais de comunicação abertos na TV" compõem o cenário doméstico para boa parte dessa população, principalmente as camadas mais pobres. A "TV" aberta ainda é no "Brasil" uma forte fonte de informação, legitimação das narrativas políticas e manipulações. Assim, se nesse terceiro tabuleiro a participação é pouco encontrada, a conjuntura da crise de permanente instabilidade produziu nos últimos anos uma "audiência da política" generalizada que gravitou mais detidamente em torno de um mesmo tema: O combate à corrupção! Entretanto... E isso é o fundamental nesse tabuleiro... Com a obrigatoriedade do voto, essa audiência da política é convocada à participação no período eleitoral, quando é alcançada pelo horário eleitoral gratuito e cada vez mais, pelas redes sociais digitais.

Obs.: Resumindo... As camadas mais pobres, com pouco ou nenhum estudo, se deixam levar pelas falsas pesquisas nos períodos de eleições no país, pelas propagandas gratuitas (pagas por baixo dos panos - lavagem de dinheiro) ou vendem seu voto em troca de alimento.

O "método socrático" (também conhecido como método de "Elenchus", método elêntico ou debate socrático) é uma forma de diálogo argumentativo cooperativo entre indivíduos, baseado em fazer e responder a perguntas para estimular o pensamento crítico e extrair ideias e pressuposições subjacentes. Di-a-logo... Costume raro em nosso país nos dias atuais, as pessoas não aceitam dialogar, conversar e ouvir a opinião de outras pessoas. O conservadorismo é um pensamento político que defende a manutenção das instituições sociais tradicionais, como a família, a comunidade local, a educação e a religião, além dos usos, costumes, tradições e convenções. O conservadorismo enfatiza a continuidade e a estabilidade das instituições, opondo-se a qualquer tipo de movimentos revolucionários e de "políticas socialistas/comunistas". Mas é importante entender que o conservadorismo não é um conjunto de ideias políticas definidas, pois os valores conservadores variam enormemente de acordo com os lugares e com o tempo. Por exemplo, conservadores chineses, indianos, russos, africanos, latino-americanos e europeus podem defender conjuntos de ideias e valores bastante diferentes, mas que estão sempre de acordo as tradições de suas respectivas sociedades.

O  conservadorismo que será abordado aqui é aquele que existe no "Brasil" e tem diversas semelhanças com o conservadorismo ocidental existente na "América Latina", na "América do Norte" e na "Europa", pois todos eles têm como base a doutrina cristã e a adoção, em maior ou menor grau, das ideias políticas liberais. Mas é importante entender que mesmo o conservadorismo ocidental possui muitas variantes e é difícil identificar um posicionamento político específico. Partidos políticos conservadores podem até ter opiniões divergentes entre si sobre algumas questões.

De todo modo, é possível determinar algumas características fundamentais do pensamento conservador ocidental. O conservadorismo tem como seus principais valores a liberdade e a ordem, especialmente a liberdade política e econômica e a ordem social e moral. O conservador acredita que há uma ordem moral duradoura e transcendente, que no caso do conservadorismo ocidental é baseada na doutrina cristã e tem na religião a sua base. O conservadorismo valoriza a diversidade típica do individualismo e rejeita a igualdade como um objetivo da política. O conservador, assim como o libertário, entende que a igualdade político-jurídica é suficiente para garantir a igualdade necessária entre as pessoas. Qualquer desigualdade material ou de resultado é consequência inevitável das diferenças naturais entre os indivíduos, de seus esforços e de suas decisões.

Na esfera política, o conservador procura preservar as instituições políticas e sociais que se desenvolveram ao longo do tempo e são fruto dos usos, costumes e tradições. O conservadorismo entende que as mudanças e o progresso são necessários para manter uma sociedade saudável, mas essas mudanças devem ser cautelosas e graduais. Assim, a política do conservador é a política da prudência, sempre preferindo manter e melhorar as instituições estáveis e testadas do que tentar rupturas para implantar modelos de sociedade e instituições advindas da razão humana. Essa postura coloca o pensamento conservador em conflito com ideologias essencialmente socialistas/comunistas, que almejam criar uma sociedade perfeita” pelo uso da política. Para o conservador, a política é a "arte do possível" e não um meio para se chegar a uma sociedade utópica.


QUATRO TÉCNICAS DE LAVAGEM CEREBRAL

Você já teve a sensação de que estava tomando decisões sem realmente estar pensando? Muita gente passa por isso porque sofreu processos de Reeducação de Pensamento, mais popularmente conhecida como "Lavagem Cerebral". Você sabe quais são as técnicas utilizadas para isso?


Eu separei quatro das principais delas, que são utilizadas até hoje por oradores de todo o planeta. Entenda melhor o funcionamento da lavagem cerebral e esteja pronto para se proteger quando alguém tentar dominar sua mente com técnicas de reprogramação.

1- Mensagens Subliminares

Apesar de, atualmente, as mensagens subliminares serem muito relacionadas a músicas tocadas ao contrário, elas têm uma origem muito mais obscura. Em 1956, durante a projeção de um filme chamado "Picnic" (que no Brasil chegou aos cinemas batizado de "Férias de Amor"), um cinema norte-americano exibiu uma mensagem estimulando o consumo de um refrigerante em alguns quadros.

Quem estava no cinema não conseguia perceber a mensagem, mas os resultados foram surpreendentes. O aumento nas vendas do refrigerante no dia foi de 57%. Isso com apenas alguns quadros de mensagens escondidas, técnica que foi aprimorada com o tempo.


No final da década de 1990, a "MTV norte-americana" foi processada por utilizar algo parecido em suas propagandas. "Ao mesmo tempo em que passava as vinhetas, uma série de imagens era mostrada na tela, incluindo fotografias pornográficas de meninas amarradas em alguns poucos quadros, quase imperceptíveis". Isso deixava as pessoas muito perturbadas, mais do que o normal, com as vinhetas do canal.

Obs.: Nesse caso da televisão, a intenção não era vender nenhum produto, mas foi muito útil para manter as pessoas perturbadas e atraídas ao mesmo tempo. Com isso, prolongava-se o tempo que cada espectador passava com o canal sintonizado.


2- Repetição & Reprogramação

Você conhece o ditado que diz que "uma mentira contada mil vezes se transforma em uma verdade"?! Pois o cérebro humano funciona mais ou menos dessa maneira e quando não estamos preparados, acabamos acreditando em mensagens que são repetidas inúmeras vezes, mesmo que elas não sejam as mais sinceras.

Dessa maneira, palestrantes dos mais diversos tipos conseguem fazer com que seu público seja convencido de diversas "verdades". Essa técnica, aliada às "práticas de reprogramação", pode causar muitas mudanças de comportamento e mentalidade nas pessoas que foram atingidas pela "lavagem cerebral". Geralmente, os oradores começam seus discursos baixando a confiança dos ouvintes, fazendo com que eles se sintam muito mal. Depois, começam a mostrar que o melhor jeito de superar os problemas relacionados aos seus erros, que acabaram de ser apontados, é seguir os passos do palestrante.


Em uma plateia com 200 pessoas, pelo menos metade se deixa levar pelas frases impactantes proferidas. Com grande frequência, as pessoas que fazem este tipo de reprogramação utilizam discursos vagos, que podem ser encaixados na vida de qualquer um. Assim, todos se sentem imersos no assunto e enxergam a salvação no orador.

Isso vale para diversas situações, sendo que as mais comuns são as ofertas de produtos. "Bons Vendedores" conseguem convencer seus clientes de que eles possuem itens obsoletos e dispensáveis, sendo que somente o que eles oferecerem pode suprir todas as necessidades naquele momento.

3- Ritmo & Progressão

Algumas das técnicas mais eficientes para reeducação de pensamento exigem a utilização de frases e sons ritmados, capazes de fazer com que os ouvintes sejam imersos na atmosfera que o orador está criando. Quanto maior a multidão, mais fácil se torna esse processo, desde que o palestrante conheça e domine as práticas utilizadas.

Músicas calmas de fundo conseguem prender a atenção das pessoas, ao mesmo tempo em que podem incitar a fúria ou a paz, dependendo da intenção dos locutores. O ritmo da fala também deve seguir alguns padrões: Os palestrantes geralmente começam ternos e vão ganhando paixão com o decorrer do tempo, até chegar ao ápice. Essa progressão rítmica raramente falha em multidões.


4- Merchandising

A todo o momento você pode ver propagandas na televisão, sempre mostrando o quanto alguns produtos são superiores a outros. Mas você pode nem perceber que os comerciais começam antes mesmo de o intervalo ser anunciado. Em filmes e novelas, é muito comum o aparecimento de produtos de marcas famosas sendo consumidos pelos mocinhos da história.

Esse tipo de inserção costuma gerar muitos resultados para as empresas anunciantes, apesar de custar um preço bastante alto. Há estimativas de que, em horário nobre, personagens das novelas não bebem um refrigerante por menos de 500 mil reais (isso em 2002, conforme mostrado por um documento do Observatório da Imprensa).

Se o produto apenas aparecer, sem ser consumido, o valor pode cair vários milhares de reais. Por outro lado, se além de utilizado, for elogiado, o preço do anúncio gera lucros bem interessantes para a emissora responsável. E você acha que isso não influencia você de maneira nenhuma?! Então pare para pensar nos seus tempos de colégio. Quantas meninas utilizavam adornos indianos quando a "Índia" era tema de uma novela do horário nobre?! E os meninos que tinham apelidos inspirados nos personagens de desenhos animados? É assim que acontece o estímulo ao consumo.

Você já sentiu que estava tendo a mente modificada enquanto via televisão, ouvia rádio, participava de palestras ou navegava na internet? Pois agora você conhece algumas das principais técnicas utilizadas por oradores para conquistar públicos e vender ideias.

Nota: As maioria das pessoas hoje trocaram a velha "TV" pela "Internet", porém a troca de veiculo não mudou o "Sistema De Manipulação & Lavagem Cerebral" e o "Sistema" continua fazendo experiências e testes com a mente dos usuários.

Fonte: Google

O FACEBOOK, INSTAGRAM, YOUTUBE E TWITTER ESTÃO TE ESPIONANDO

 

Uma péssima noticia para os usuários de plataformas como o "Facebook", tome cuidado com a sua privacidade e seus dados pessoais, pois já está provado que não é seguro. Além de controlar e punir certas postagens de usuários injustamente, o Facebook "vende" informações sigilosas também, "Mark Zuckerberg" (criador do Facebook) já possui uma lista enorme de processos por "violação de dados".

No dia 04 de março de 2019... Um ano depois que o "CEO do Facebook, Mark Zuckerberg", teve uma controvérsia com membros do "Congresso" sobre violações de contas de usuários, o "Facebook" começou a visar legisladores em todo o mundo em uma operação secreta de lobby global.


De acordo com o "Observer and Computer Weekly", documentos vazados da empresa "Facebook" revelaram uma tentativa diferente de controlar legisladores em alguns países, prometendo ou ameaçando-os de reter investimentos. A mudança veio para aprovar leis amigáveis ​​ao "Facebook".

Esses países são "Reino Unido, EUA, Canadá, Índia, Vietnã, Argentina, 'Brasil', Malásia e todos os 28 estados da UE".


Obs.: Note que o "Brasil", também está na lista!

Como a rede do "Facebook" tem um efeito significativo na promoção de investimentos em todos os países, "Zuckerberg" vai restringir esses serviços nos países, a menos que eles se oponham às legislações de privacidade de dados.

Conforme mencionado no "Observer and Computer Weekly", o movimento atual do "Facebook" é uma operação secreta e pode acabar com um controle total na maioria dos parlamentos eficazes em todo o mundo.

Nota: Parece também que os processos sistemáticos de violação da conta dos usuários do "Facebook" permanecerão sem solução.

Um dos principais exemplos mencionados pela revista é que o "Facebook" pediu a "George Osborne", o "ex-chanceler do Tesouro", para influenciar a lei de proteção de dados da UE no Fórum Econômico Mundial (WEF) em 2013.

Obs.: Você já percebeu que os anúncios que sempre aparecem no seu aplicativo têm tudo a ver com você e as coisas que você curte?!

Fonte: See News 


A imitação é uma das forças mais poderosas de nossa civilização. Por meio da imitação, aprendemos a falar, nos comunicar e avançar como sociedades. Os romanos aprenderam com os gregos, os americanos com os britânicos e alemães e os chineses com os americanos.


Ao imitar, os investidores chineses alocam dinheiro para produtos de gestão de fortunas, contornando os regulamentos bancários normais. Muitos deles têm garantido metais industriais (comprados a preço de banana do Brasil) para garantir empréstimos.

Faça também a imitação - "NVIDIA, FACEBOOK, NETFLIX, AMAZON, ALPHABET e APPLE" são algumas ações favoritas que empurram o mercado para um território de bolha. "Imitando-se umas às outras, as empresas americanas estão usando as recompras como um mecanismo para repatriar dinheiro offshore". Por meio da imitação, "líderes" em todo o mundo "estão assumindo uma postura populista"...

O filósofo "Réne Girard", fundador da teoria mimética, afirma que o problema da imitação é que, quando todos desejam a mesma coisa, eventualmente surge um conflito.

Desde a queda do "Muro de Berlim", a globalização e a Internet criaram os canais para acelerar o processo de imitação. Agora, as forças da globalização estão retrocedendo. A expansão da Internet atingiu os limites da privacidade individual no formato do capitalismo de vigilância.


Desvalorizações competitivas, guerras comerciais, conflitos políticos e processos judiciais contra "Facebook e Google" são um sinal de que o "processo mimético" se esgotou e estamos em um período de tremenda instabilidade.

Obs.: O que é "processo mimético": Na teoria mimética, mimesis se refere ao desejo humano , que "Girard" pensava que não era linear, mas o produto de um processo mimético no qual as pessoas imitam modelos que dotam objetos de valor. Girard chamou esse fenômeno de desejo mimético... Desejamos o que os outros desejam porque imitamos seus desejos.

A teoria de "Girard" não termina com a descrição de como a imitação leva ao conflito. Ele apresenta o mecanismo do "bode expiatório" (é ai que entra as plataformas tipo "Facebook") como uma ferramenta que nossa civilização constrói para aliviar as forças do conflito, um novo alvo que todos podem culpar por todos os problemas.


A teoria mimética se encaixa muito bem na compreensão das "bolhas financeiras". O mecanismo do "bode expiatório" surge após uma enorme quantidade de pastoreio. "Outliers" são criados e não são cisnes negros, mas sim "eventos extremos previsíveis".

O mecanismo do "bode expiatório" aconteceu muitas vezes na história. "Barings Bank" em crise após a mania de "títulos argentinos em 1890", "Clarence Hatry" terminando a bolha de 1929, "Nui Onoue" e seu restaurante "Egawa em Osaka" no final da bolha japonesa, "Thai Bath" na crise asiática de 1997, "Rússia e LTCM" em 1998, "Pet.com" 2000, "Enron" 2001, "Lehman Brothers" em 2008, "Eike Batista" 2013, "Bitcoin" 2018 e etc., etc., etc..

Depois de quase uma década ensinando literatura francesa nos Estados Unidos, "René Girard" (Fonte: Wikipedia) começou a desenvolver uma nova maneira de falar sobre textos literários. Além da "singularidade" das obras individuais, ele procurou suas propriedades estruturais comuns, tendo observado que os personagens da grande ficção evoluíram em um sistema de relações, de outra forma comum à generalidade mais ampla dos romances. Mas havia uma distinção a ser feita:

"Só os grandes escritores conseguem pintar esses mecanismos com fidelidade, sem falsificá-los: Temos aqui um sistema de relações que paradoxalmente, ou melhor, nada paradoxalmente, tem menos variabilidade quanto maior é o escritor".

Portanto, de fato existiam "leis psicológicas", como "Proust" as chama. Essas leis e esse sistema são consequências de uma realidade fundamental apreendida pelos romancistas, que "Girard" chamou de desejo mimético, "o caráter mimético do desejo". Este é o conteúdo de seu primeiro livro, "Deceit, Desire and the Novel (1961)". Tomamos emprestados nossos desejos de outras pessoas. Longe de ser autônomo, nosso desejo por um determinado objeto é sempre provocado pelo desejo de outra pessoa - o modelo - por esse mesmo objeto. Isso significa que a relação entre o sujeito e o objeto não é direta: Há sempre uma relação triangular de sujeito, modelo e objeto. Por meio do objeto, somos atraídos para o modelo, a quem "Girard" chama de mediador: Na verdade, é o modelo que se busca! "Girard" chama o desejo de "metafísico" na medida em que, tão logo um desejo seja algo mais do que uma simples necessidade ou apetite, "todo desejo é um desejo de ser", é uma aspiração, o sonho de uma plenitude atribuída para o mediador.

A mediação é externa quando o mediador do desejo está socialmente fora do alcance do sujeito ou, por exemplo, um personagem ficcional, como no caso de "Amadis de Gaula e Dom Quixote". O herói vive uma espécie de loucura que, no entanto, permanece otimista. A mediação é interna quando o mediador está no mesmo nível do sujeito. O mediador transforma-se então em rival e obstáculo à aquisição do objeto, cujo valor aumenta à medida que a rivalidade aumenta. Esse é o universo dos romances de "Stendhal, Flaubert, Proust e Dostoiévski", particularmente estudados neste livro.

Por meio de seus personagens, nosso próprio comportamento é exibido. Todos se apegam firmemente à ilusão da autenticidade de seus próprios desejos; os romancistas expõem implacavelmente toda a diversidade de mentiras, dissimulações, manobras e o esnobismo dos heróis proustianos; tudo menos "artimanhas do desejo", que nos impedem de enfrentar a verdade: A inveja e o ciúme. Esses personagens, desejando o ser do mediador, projetam sobre ele virtudes sobre-humanas ao mesmo tempo que se depreciam, fazendo dele um deus ao mesmo tempo que se fazem escravos, na medida em que o mediador é um obstáculo para eles. Alguns, seguindo essa lógica, passam a buscar os fracassos que são os indícios da proximidade do ideal a que aspiram. Isso pode se manifestar como uma experiência mais agudo da pseudo-universal masoquismo inerente à busca do inatingível, o que pode, é claro, se transformar em sadismo caso o ator desempenhe esse papel ao contrário.

Esse foco fundamental no desejo mimético seria perseguido por "Girard" ao longo do resto de sua carreira. A ênfase na imitação em humanos não era um assunto popular quando "Girard" desenvolveu suas teorias. Mas hoje há suporte independente para suas afirmações provenientes de pesquisas empíricas em psicologia e neurociência. "Farneti" (2013) também discute o papel do desejo mimético em conflitos intratáveis, usando o estudo de caso do conflito israelense-palestino e fazendo referência à teoria de "Girard". Ele postula que o conflito intensificado é um produto do comportamento imitativo de israelenses e palestinos, intitulando-os "gêmeos siameses". 

Nota: Gêmeos siameses ou gêmeos siameses são gêmeos idênticos unidos no útero. Um fenômeno muito raro, a ocorrência é estimada em uma variação de 1 em 49.000 nascimentos a 1 em 189.000 nascimentos, com uma incidência um pouco maior no sudoeste da "Ásia" e na "África". Aproximadamente metade é natimorta e um terço adicional morre em 24 horas. A maioria dos nascidos vivos é do sexo feminino, com uma proporção de 3: 1. Fonte: Wikipedia

A ideia de que o desejo de possuir riqueza material sem fim era prejudicial à sociedade não era nova. Dos versos do "Novo Testamento" sobre o amor ao dinheiro ser a raiz de todos os tipos de mal, à crítica "hegeliana e marxista" que via a riqueza material e o capital como o mecanismo de alienação do ser humano tanto de sua própria humanidade quanto de sua comunidade, até "Bertrand". O famoso discurso de "Russell" ao aceitar o "Prêmio Nobel de Literatura em 1950", o desejo foi entendido como uma força destrutiva em toda a literatura - sendo o "roubo de Helen por Paris" um tópico frequente de discussão por "Girard". O que "Girard" contribuiu para este conceito é a ideia de que o que se deseja fundamentalmente não é o objeto em si, mas o estado ontológico do sujeito que o possui, onde mimetismo é o objetivo da competição. O que "Paris" queria, então, não era "Helen", mas ser um grande rei como "Agamenon". Uma pessoa que deseja busca ser como o sujeito que imita, por meio do objeto que é possuído pela pessoa que imita. "Girard" escreve:

"Não é a diferença que domina o mundo, mas a obliteração da diferença pela reciprocidade mimética, que por si só, sendo verdadeiramente universal, mostra que o relativismo da diferença perpétua é uma ilusão".

Obs.: Essa foi e continua sendo, uma visão pessimista da vida humana, pois postula um paradoxo no próprio ato de buscar a unificação e a paz, uma vez que o apagamento das diferenças entre as pessoas por meio da mímica é o que cria o conflito, não a diferenciação em si. 


Fonte: Google