"Elvis Presley - Jailhouse Rock"
Acredito que todos nós temos saudades de certos momentos do passado, passado este que não voltará nunca mais, costumo dizer que eramos felizes e não sabíamos. "Nostalgia" faz bem ou não?! Foi do médico suíço "Johannes Hofer" que nasceu o termo "nostalgia", em 1688. No início, a nostalgia não era vista com bons olhos. Ela foi considerada uma "doença neurológica provocada por algo maligno se manifestar frequentemente em soldados militares que nutriam um desesperado desejo de voltar para a casa, e esse sentimento trazia dor e emoções ruins".
Mas pesquisas indicam que não é nada disso. Segundo estudos da "University de Southampton, na Inglaterra", "ser nostálgico aumenta a vitalidade e prepara os indivíduos para lidar com o presente e com o futuro". Isso porque quando vivenciamos momentos de nostalgia, experimentamos um sentimento de "auto-continuidade". Frases como "Me sinto conectado com meu passado" e "Importantes aspectos da minha personalidade continuam os mesmos ao longo do tempo" levaram os pesquisadores a acreditarem que, ao olharmos para o passado, nossa compreensão de quem somos é mais clara.
O estudo também observou que, além de promover o autoconhecimento, a nostalgia também religa o indivíduo com um grupo. Como assim? Quando você recorda o passado e resgata lembranças que viveu com outras pessoas, cria-se uma sensação de conexão social, ou seja, você sente que pertence a um lugar, a um tempo, a um grupo.
A última conclusão da pesquisa foi surpreendente e que derrota de vez os conceitos atrelados ao maligno que o médico suíço acreditava. Quando ouvimos uma música antiga, encontramos um brinquedo que costumávamos brincar ou fotografias de momentos felizes, produzimos muito mais do que o sentimento de auto-continuidade ou de conexão social, aumentamos a nossa vitalidade, nos sentimos cheios de energia e afastamos a tristeza.
Um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo, "Tim Wildschut", definiu a nostalgia como uma "resposta imunológica psicológica". Em entrevista à revista "Scientific American", ele afirmou que o sentimento aparece quando experimentamos dificuldades e funciona como um mecanismo de defesa.
Lembrar o passado é saudável e como concluiu a pesquisa, faz um enorme bem ao nosso emocional e psicológico, pois nos conecta aos outros e a nós mesmos. O problema é quando levamos muito à risca a famosa frase "Recordar é viver" e passamos a nos referir ao passado como única fonte de felicidade possível. O passado é confortável, pois já vivemos tudo aquilo e sabemos como as situações felizes e tristes terminam. O presente, em contrapartida, é assustador, pois não sabemos se vamos nos recuperar daquele término de relacionamento, de um trauma ou luto.
Nota: Você sabia que podemos viajar no tempo? Basta relaxar, botar uma música antiga que você gosta que lhe ajudará a trazer ótimas recordações, feche os olhos e comesse a viajar no tempo.
Não sou saudosista, muito menos sofro de depressão, muito pelo contrário, curto muito bem a minha vida e o motivo de eu estar dando essas dicas são para ajudar quem não está se adaptando as mudanças doidas do mundo atual. Muitas vezes nos deparamos com cenas e atitudes dessa nova geração, que hoje chamam de o "novo normal", que em nosso tempo era chamado de imoral ou falta de educação.
Eu sempre chego a um dilema: "Onde Foi Que Erramos?"... Lembrando que nos anos 60's, 70's e 80's as músicas que ouvíamos, a moda que seguíamos e queríamos imitar era estrangeira... Humilhação talvez seja a palavra que melhor define a sensação que sentimos quando temos que forçosamente admitir que estamos errados. Estudiosos do assunto afirmam que isso acontece porque, naturalmente, enxergamos o erro como sinônimo de incompetência e acreditamos que pessoas bem sucedidas nunca erram.
Nota: De onde vem essa crença? Em que momento de nossas vidas passamos a enxergar as coisas dessa forma? Quais foram as influências contidas em nossa educação que estimularam uma parcela do povo brasileiro a ter o "complexo de cachorro vira-lata".
Se voltarmos no tempo e recuperarmos a maneira como as gerações anteriores eram ensinadas, vamos notar que a raiz desse pensamento pode ter brotado dentro das escolas. Professores costumavam e alguns ainda insistem nisso, ensinar que existia apenas uma resposta certa para cada questão apresentada. Quem não conseguisse chegar ao resultado apontado pelo mestre, falhava e ponto final. Aquele que respondesse da forma esperada, ganhava pontos e a admiração de todos.
Obs.: Eu fui perseguido prá caramba na escola, por ter um hábito de responder sempre as questões com as minhas próprias palavras e não como exatamente se encontrava nos livros didáticos da época.
Tal constatação nos leva a refletir que, desde cedo, somos programados a não permitir que o erro aconteça, quando, na verdade, o correto seria sinalizar para crianças e jovens que todos têm a permissão de errar, não para transformar o erro em hábito, mas como parte de um processo natural de aprendizado que começa na escola e se estende para a vida.
Entre os desafios diários que líderes enfrentam à frente de uma equipe, organização ou país, talvez um dos mais difíceis seja aprender a lidar com os próprios erros. Quantos gênios e prêmios Nobel erraram antes de acertar? Precisamos aceitar, sem resistências, que cometer erros faz parte da natureza humana. Aprender a enxergá-los de maneira positiva é o primeiro passo para errar cada vez menos.
(QUEREM OS BRASILEIROS CADA VEZ MAIS BURRO E IGNORANTE)
Desenvolvimento desde cedo
O processo de desenvolvimento infantil envolve aprender e isso só se concretiza quando a criança tem a oportunidade de experimentar e descobrir. O que pais e educadores precisam ter em mente é que, de início, é normal e até esperado que ela não acerte e não consiga ter êxito em suas tentativas. E a forma como as primeiras falhas são encaradas é que será determinante para o sucesso futuro.
Tomemos como exemplo a "matemática". A resistência em relação à disciplina "vem da crença" de que é difícil demais e não é qualquer um que consegue ser bem sucedido na resolução das questões e conceitos matemáticos. E como, "culturalmente nesse país", temos o receio de errar, a reação natural é resistir ou fugir da matéria. Ou seja, sabemos hoje a importância da "matemática", que ela está presente em tudo, na culinária, na música, até mesmo o pedreiro, o padeiro o carpinteiro (um profissional), utiliza cálculos matemáticos para fazer a sua obra e etc..
O complexo de cachorro vira-lata
Essa expressão foi criada pelo dramaturgo, cronista de costumes e jornalista esportivo "Nelson Rodrigues", em meados do século passado, quando o "Brasil perdeu a Copa do Mundo de 1950" e continuou a perder no futebol como se tivesse medo de se impor perante os adversários, especialmente a "Argentina". Significa, em lato sensu, que o brasileiro é um ser com baixa autoestima, que treme nas competições, que está sempre depreciando a cultura, a economia, a inteligência e a moral nacionais.
Em contrapartida, admira desavergonhadamente tudo o que vem de fora como estando acima de qualquer comparação com o "Brasil". Para esses espíritos, só com nossas propaladas falhas como a "sem-vergonhice", a incompetência, a malandragem etc., ganharíamos das falhas dos gringos. Exceção para a beleza feminina e para a riqueza da nossa natureza. O "vira-latismo brasileiro" às vezes é sacudido quando um gringo diz que "adora nosso país", que nossa cultura é fabulosa e que "somos um povo alegre e generoso". Emerge então um sentimento acabrunhado de autopiedade, que nasce do próprio vira-latismo, agora disfarçado em um desafortunado provincianismo. Colocamo-nos de novo como "coloniais diante dos emissários do rei" e somos compungidos a tentar agradar mais ainda quem nos elogia.
É possível que o "vira-latismo seja uma doença" (psíquica) que acomete qualquer país colonizado que "não alcançou uma autonomia cultural", por não deter uma autonomia econômica. Seríamos então como os "mexicanos" e os "chilenos", talvez um pouco mais vira-latas que os altivos "hermanos", mas estaríamos longe dos confiantes canadenses, por sua vez, sempre depreciados pelos "americanos". Talvez tenhamos herdado uma parte dessa maladia de "Portugal" que, depois de um breve surto de grandeza, tornou-se um país ensimesmado e esclerosado, sobretudo desde que perdeu a sua principal colônia.
O "vira-latismo" nos chateia porque nos "puxa para baixo", nos enfraquece a vontade, a ambição e a inteligência, nos junta na mediocridade auto-irônica. Gozamos de nós mesmos por não sermos "cachorros raceados". Grande parte do nosso humorismo advém desse sentimento. Aliás, dizem que o "humor judeu" também é "auto-irônico" e "auto-deprecante", embora o "vira-latismo" esteja longe dele.
A dependência da aprovação exterior
Tanto como consequência, quanto como paralelismo ao vira-latismo, está a nossa famigerada dependência da aprovação exterior para qualquer coisa que façamos e que consideremos de boa qualidade. Como um colonial envergonhado, nossa primordial atitude diante de um estrangeiro em nosso país é "tentar agradá-lo para ver se ele nos aprecia de algum modo, mesmo que tal apreciação seja demonstrada de um modo frio". Um dos motes, pensamos, para agradá-lo, é falar mal de nós mesmos. Isto é consequência direta do "vira-latismo". Tudo bem, mas como não depender da aprovação exterior? Afinal, temos de exportar nosso açúcar, nosso café, nossa carne, nossos minerais e até nossas quinquilharias industriais maquiladas. Para tanto, os estrangeiros têm de nos aprovar em tudo.
Aliás, a exigência dos gringos até faz nosso produto melhorar e assim entramos mais facilmente nas esteiras da produção econômica eficiente. Para comprar nosso frango, os árabes exigem um determinado modo de abatê-lo, cortá-lo e prepará-lo para venda. Ótimo, nossos abatedouros ficaram mais asseados e o nosso modo de abater diminuiu o sofrimento dos animais. O problema maior dessa ansiedade pela aceitação exterior é com a nossa inteligência, isto é, com o nosso modo de produzir conhecimento, disseminá-lo e instruir nossos jovens. Se já era ruim no passado, ultimamente, piorou ainda mais. Como um jovem cientista faz para produzir e ganhar respeito no seu mundo? Como se apresenta um filósofo nacional genuíno, e não tão somente um propagador de ideias vindas de fora?
Nota: A educação no "Brasil Colonial" organizou-se, de início, em torno dos "Jesuítas" e depois, orientou-se pelo modelo das reformas empreendidas pelo "Marquês de Pombal". Dês do início fomos educados para ser apenas uma "colonia" dos "Europeus - Portugueses" e a influência jesuíta, as coisas que foram implantadas pelo "catecismo" e etc.. Rico Não Vai Pro Céu!
Obs.: Qual o significado da palavra "Catequizar"?: Fazer com que seja instruído ou se torne convertido em quaisquer tipos de religiões (doutrinas, ideologia, princípio etc.), catequizar os habitantes para as medidas de higiene, fizica, mental e espiritual.
Continua...