sábado, 11 de setembro de 2021
EM BREVE (DIA 20/09) A MATÉRIA DONOS DA VERDADE E ESCRAVOS DA MENTIRA
MASSA DE MANOBRA O BRASIL EM DECADÊNCIA MORAL E CÍVICA
Os protestos contra o presidente Jair Bolsonaro organizado por movimentos como "Movimento Brasil Livre (MBL)", "Livres" e "Vem pra Rua" para o próximo domingo (12/09/2021) devem ganhar um reforço. Movimentos de esquerda estão em conversas para se juntar à manifestação em pelo menos cinco estados. A ideia é dar uma resposta aos atos com pautas (segundo eles) antidemocráticas e discursos golpistas por parte do presidente que ocorreram no feriado da "Independência" (07/09/2021) pelo país. Segundo lideranças de movimentos ligados a sindicatos e partidos de esquerda, já há conversas ocorrendo em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, em Florianópolis e Porto Alegre.
Participam das negociações junto ao "MBL" e "Vem pra Rua" movimentos como a "União Municipal dos Estudantes Secundaristas (Umes)", centrais sindicais e partidos como o "PDT" e "PSDB". O "PDT" chegou a divulgar uma nota nesta quarta-feira (08/09/2021) em que anunciou que é preciso unir forças pelo "impeachment de Bolsonaro".
"É hora de unirmos forças da esquerda à direita pelo impeachment desse presidente tirano e incompetente. Todos aqueles que realmente querem a saída de Bolsonaro precisam estar juntos neste momento, sem cálculos eleitorais para 2022 e sem sectarismos oportunistas", disse.
"Erick Santos", diretor do movimento, acredito um dos movimentos que compõem a ofensiva "Fora Bolsonaro", diz que a preocupação inicial do grupo era a proibição imposta por organizadores dos atos do dia 12 a bandeiras e camisas ligadas à esquerda. O "MBL" e o "Vem pra Rua" já avisaram que os manifestantes deverão estar de branco, deveriam estar de vermelho. Após dias de ataques inflamados ao "Supremo Tribunal Federal (STF)", o presidente "Jair Bolsonaro" baixou o tom por meio de uma nota oficial na quinta-feira (09/09/2021). No comunicado, o presidente disse que autoridades não têm o direito de "esticar a corda" e que não teve intenção de agredir outros "Poderes".
"Nunca tive nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes. A harmonia entre eles não é vontade minha, mas determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar", diz o comunicado.
Nota: O texto contrasta totalmente com os discursos do presidente em manifestações a seu favor no 7 de Setembro e frustrou muitos de seus apoiadores, inclusive eu.
O velho "Olavo De Carvalho" sempre diz que ocupemos os espaços, universidades, sindicatos, associações, etc.. A guerra é longa e continua, a esquerda nos ensinou. Não permitam que ensinem aquilo que não desejam aos seus filhos! Participem dos conselhos de escola, façam as críticas necessárias, processem se necessário.
Os grupos "MBL" e "Vem Pra Rua" agora chamados de "Nova Direita" se unem em defesa de propostas que tiram direitos dos trabalhadores e favorecem os grandes empresários. Mas se dividem em relação à qual narrativa montar para defender sua agenda. Uma parte deles usa um discurso vazio e genérico do tipo "contra a corrupção" e "pela renovação política" para convencer a parte mais confusa e despolitizada da população. Outra parte usa um discurso mais radicalóide do tipo "bandido bom é bandido morto" e "em defesa da família tradicional". Em outros países também existe este padrão de divisão, como na "Espanha" (Ciudadanos é a direita mais moderada e o Vox a radical) e na "Itália" (O Movimento Cinco Estrelas é a direita mais moderada e a “Lega” é a mais radical).
Foi justamente depois da aprovação da "Reforma da Previdência" que as duas alas da "Nova Direita" se distanciaram ainda mais. "Bolsonaro" perdeu a capacidade de articular no "Congresso" a aprovação dos projetos que favorecem as elites. A privatização dos "Correios" e a "Reforma Administrativa" não avançaram. Ou seja, não foi o respeito à vida ou a interferência do "Presidente" na "Polícia Federal". Essa direita que rompeu com o genocida estava impaciente com o não andamento das medidas que podem gerar lucros para seus patrocinadores.
Com a péssima gestão da pandemia no "Brasil", uma parte dos grandes empresários perdeu a confiança no "Presidente". Por isso, já no início de 2020, Uma ala da "Nova Direita" sem "Bolsonaro" se articulou. Um exemplo deste giro foi "Nando Moura", um músico fracassado que se tornou um dos maiores influenciadores digitais do país com xingamentos de quinta série e teorias da conspiração. Ele era um dos maiores defensores de "Bolsonaro" e "Olavo de Carvalho", guru intelectual do presidente. Em 2019, já mostrava algumas diferenças com o governo. Em 2021, rompeu de vez com a "ala bolsonarista" e queimou os livros do "professor Olavo".
Outro exemplo foi o movimento "Vem Pra Rua", um dos mais ativos nos atos pelo impeachment da Dilma. Ao criticar o "Presidente" em posts no "Facebook", o grupo foi duramente xingado pelos próprios seguidores. As brigas internas desse pessoal é uma baixaria sem limites, mostrando o quanto eles são degenerados (Dá prá imaginar). Quem acabou ganhando até agora nessa disputa foi o "bolsonarismo". O "Presidente" ainda se mantém com cerca de 25% de popularidade, mantendo a maior parte da base da direita em torno de si. "MBL" e outros perderam muitos seguidores. Mas agora eles se aproveitam da possível queda de "Bolsonaro" para virar o jogo. E com um novo governo, mais estável, as "reformas" podem voltar a ser encaminhadas no "Congresso".
No fundo, esta briga é para mostrar aos "patrocinadores" quem é mais eficiente em iludir a população e fazer a agenda econômica favorável à burguesia andar no "Congresso". De um lado, aqueles que apostam na normalidade das instituições do "Estado". Do outro, aqueles que apostam no autoritarismo.
Obs.: O que levou "Bolsonaro" a recuar? Foi um recuo tático ou covardia, medo por estar mexendo com "Peixe Grande", ou apenas um teatrinho em que para o povo, ele disse uma coisa e no planalto fez outra?!