sábado, 31 de julho de 2021

AS LIGAÇÕES DOS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS COM A FROTA DE CABRAL

 

A queda dos Templários e a maldição de "Jacques de Molay"... “Todos vocês serão amaldiçoados até a 13ª geração”, foi a maldição lançada por Jacques de Molay, o último mestre templário, enquanto o fogo consumia seu corpo. Era o fim da mais poderosa ordem de cavaleiros surgida durante as Cruzadas. Como entender que, em poucos anos, os prestigiados monges guerreiros da Ordem do Templo, defensores da cristandade, se tornaram inimigos do Estado e do papa? Mas o que a história não conta é como a maldição lançada por "Jacques de Molay" iria se cumprir! 

Nota: Como veremos na história, os cavaleiros templários foram criados pela "Igreja Católica", portanto, mesmo o papa mandando executar o "Lider" dos "Templários" muitos adeptos e amigos da "Ordem", como bispos por exemplo, continuaram infiltrados, além de ajudarem "Os Cavaleiros De Cristo" se esconderem. 

Surgida em 1119, em Jerusalém, a "Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo" (Que De Pobres Não Tinham Nada) e do "Templo de Salomão", ou simplesmente "Templários", tinha por missão proteger os locais santos de "Jerusalém" e os peregrinos cristãos que para lá viajavam. Lutando ao lado de reis durante as cruzadas derrotou as forças muçulmanas, inclusive na "Península Ibérica". Paralelamente, acumulou uma enorme fortuna a ponto de emprestar dinheiro a reis e príncipes europeus tornando-se, em muitos países, a percursora dos bancos,  inclusive na Suíça. O patrimônio da "Ordem do Templo" incluía mosteiros, fortalezas, terras aráveis, moinhos além muito ouro e prata guardados nos cofres de suas sedes espalhadas pela Europa. Os templários tinham ainda seus próprios navios nos quais transportavam artigos de luxo do Oriente para a Europa (sedas e especiarias). Tamanha riqueza pode ter contribuído para a ruína dos Templários. 

Ao final do século XIII, contudo, o destino dos templários começou a mudar... As derrotas militares.

"Jerusalém" foi sede da "Ordem do Templo" desde sua fundação, em 1119 até a queda da "Cidade Santa", tomada por "Saladino em 1187". A sede templária foi, então, transferida para "São João de Acre" onde permaneceu pouco mais de um século, até nova derrota para os muçulmanos em 1291. A queda de Acre, o último estado cristão na "Terra Santa", foi um golpe para os cristãos e os templários, que haviam jurado defender os locais sagrados. A ordem transferiu sua sede para a ilha de "Chipre", a terra cristã mais próxima. Foi em "Chipre" que viveu "Jacques de Molay", o último mestre da ordem, eleito em 1293. 

Nota: Em 1303, "Chipre" também foi perdida assim como a ilha de "Rodes" e os cristãos expulsos do "Oriente". O período das "Cruzadas" havia terminado. 

Os "Templários" caem em desgraça... A perda da "Terra Santa" abalou o prestígio dos "Templários" e fez crescer a animosidade contra a ordem, especialmente pela vida de luxo e abundância de alguns templários, em contradição ao voto de pobreza. Em suas propriedades na "Europa", cobravam taxas, banalidades, fretes, direitos etc. Possuíam um poder "militar" equivalente a 15 mil homens, treinados em combate – uma força que estava submetida unicamente ao "Papa". A presença dos templários como jurisdição pontifícia afrontava a soberania real limitando o poder do rei em seu próprio território. A situação ficou particularmente ruim para os templários a partir de 1305 quando "Clemente V" foi eleito "Papa" e aliou-se a "Filipe IV, o Belo, rei da França". O novo papa comprometeu-se a retirar a excomunhão da família real francesa, colocada pelo papa anterior. O "Papa e o Rei", pensando em formar uma nova cruzada, propuseram juntar as duas ordens de monges guerreiros – templários e hospitalários – tendo por líder absoluto "Filipe IV". O mestre templário "Jacques de Molay" rejeitou a ideia de fusão e se recusou a condecorar o rei francês como honorário da "Ordem do Templo".

Difamação, prisão e tortura dos "Templários"... "Filipe IV" começou uma "campanha difamatória contra os Templários" acusando-os de heresia. Segundo alguns historiadores, o rei teria obtido autorização do papa para prender os templários na "França". Na madrugada do dia 13 de outubro de 1307, em uma operação sigilosa, a guarda real prendeu o mestre "Jacques de Molay" e todos os templários em território francês (nem todos). O rei "Filipe IV" foi ainda mais longe na perseguição: Enviou cartas aos monarcas de "Portugal, Espanha e Inglaterra" pedindo que fizessem o mesmo. Todos recusaram, afinal a "Ordem do Templo" estava protegida pela "imunidade sancionada pelo papa", e não poderia ser submetida à justiça secular. "Filipe IV" entregou os templários ao "Grande Inquisidor da França". Durante sete anos, submetidos a interrogatórios brutais e sessões de tortura, alguns confessaram heresias e idolatria: Negação da "Santa Cruz", negação de "Jesus Cristo", beijos obscenos, sodomia e adoração de um ídolo chamado de "Bafomé", associado ao "Diabo". Dos 138 (cento e trinta e oito) templários presos, 38 morreram sob tortura, 100 (cem) fugiram.

Obs.: Filipe IV foi um rei polêmico, estando na origem da tentativa de deposição do papa Bonifácio VIII e da transferência do papado para a cidade de Avinhão, e criando as condições para, algumas décadas depois da sua morte, a eclosão da Guerra dos Cem Anos.

"Jacques De Molay" nunca confessou as acusações. Mesmo após três julgamentos, o mestre templário não denunciou seus companheiros e não revelou o local onde estavam guardadas as riquezas da "Ordem". O "Papa" enviou dois cardeais para "Chinon", onde os líderes templários estavam presos, para ouvirem as testemunhas e os réus. Nesta oportunidade teria sido escrito o chamado pergaminho de "Chinon", supostamente datado de 20 de agosto de 1308, no qual o "Papa Clemente V" absolvia o mestre "Jacques de Molay" e os demais líderes templários das acusações de heresia feitas pela "Inquisição". O documento, contudo, nunca foi oficialmente publicado. O rei "Filipe IV", para legitimar sua atitude em nome do povo e para impressionar o papa convocou, em 1308, a assembleia dos Estados Gerias, em Tours. A assembleia aprovou a condenação dos templários. O papa recuou.

A maldição lançada por "Jacques de Molay"... Amarrado na estaca com o fogo começando a arder sob seus pés, "Jacques de Molay" gritou em direção ao rei "Filipe IV, o Belo": “Todos vocês serão amaldiçoados até a 13ª geração”. Quarenta e dois dias depois, morreu o papa "Clemente V" (20 de abril de 1314). O rei "Filipe IV", teve um derrame cerebral fulminante em novembro daquele ano, seis meses depois da morte do mestre templário (29 de novembro de 1314). Nos quatorze anos seguintes, os três filhos do rei, seus sucessores no trono, vieram a falecer, encerrando a linhagem direta de três séculos da "Dinastia Capetíngia". A maldição tenha ou não acontecido, ela sustentou lendas e versões sobre a história dos templários. Serviu de base para a obra “Os Reis Malditos”, série de romances históricos, em sete volumes, de "Maurice Druon", escritos entre 1955 e 1977. A obra inspirou dois seriados de TV, com o mesmo nome, um de 1972 e outro de 2005.

"Colombo" chegou às terras da América em 1492, e nelas fincou a bandeira da "Espanha". Oito anos depois, em 22 de abril de 1500, foi a vez do "Cavaleiro Pedro Álvares Cabral", um nobre português, ligado à "Ordem de Cristo", que por sua vez tinha a sua história ligada aos famosos "Templários", lançar âncoras de sua frota na Bahia, num lugar que foi batizado como "Monte Pascoal".

Estava descoberto, ou melhor, assumido o direito de posse pela coroa portuguesa, o Brasil, a colônia que, um dia, teria a rara honraria de receber a corte do rei "D. João VI", tornando-se por uns tempos a sede do reino de "Portugal", "Carta de Pero Vaz Caminha".

"Pedro Álvares Cabral", em sua condição de "Cavaleiro da Ordem do Cristo", uma "Ordem" que detinha conhecimentos secretos herdados desde a época dos "Templários", sabia muito bem o que viera buscar nas terras de além-mar. O Brasil já era conhecido e citado em documentos secretos, como uma terra abençoada, onde havia riquezas inestimáveis e um solo de extrema fertilidade, no qual "em se plantando tudo dá", como diria "Pero Vaz de Caminha" em sua carta ao rei "D. Manuel I".

Esse conceito de fertilidade e riqueza já era do conhecimento do escrivão da frota, pois ele mal tivera tempo de pisar nas areias das praias da Bahia, e não teria nenhuma condição de testemunhar a qualidade do solo brasileiro e de suas imensas riquezas.

A "Escola de Sagres", um grandioso centro náutico, criado por "D. Henrique (outro Templário importante, patrono de Tomar – Portugal)", para treinar os navegadores portugueses, era uma organização que funcionava como um braço dos novos "Templários", os "Cavaleiros da Ordem de Cristo", dentre os quais "Pedro Álvares Cabral" era um deles. E foi de lá que saíram os comandantes das caravelas da frota de Cabral. Há uma maravilhosa história secreta, ligando os misteriosos "Templários à descoberta do Brasil".  


Cavaleiros Templários Portugueses  - https://www.youtube.com/watch?v=luCwHO8iDBI

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