Você já parou pra pensar que os últimos trezentos (300) anos "traumatípicos"? Porque atípicos? R: Porque os últimos trezentos (300) anos foram os anos em que foi se constituindo o que a gente conhece como "modernidade"... Eu sei que naturalmente "você nunca pensa ou pensou nisso"! Porque as pessoas no seu senso comum diário tendem sempre a tomar o mundo como sendo sempre aquilo que você vive hoje, como sempre tendo sido assim. Mas não foi sempre assim... Até ontem a gente passava fome o tempo todo! E esses últimos trezentos anos são os anos da revolução industrial, da revolução na comunicação, na revolução na mobilidade, o telégrafo na comunicação, por exemplo. Depois de ser inventado o telefone, a luz elétrica, a máquina a vapor, o trem, depois veio o avião, ou seja, foram trezentos anos muito atípicos em comparação a tudo que veio antes.
Um dos duzentos mil anos antes... Da espécie humana aparecer na pré-história! Portanto esses últimos trezentos (300) anos, "Ele", o "ser humano", nas últimas décadas, passou por uma radicalização novamente, principalmente no âmbito dos conteúdos e da capitalização de acesso a conteúdos (assuntos que antes eram proibidos para a maioria das pessoas "comuns", (profanos), acabaram sendo descobertos). Todo mundo manda conteúdo, emite, todo mundo recebe, todo mundo interpreta esses assuntos hoje, todo mundo comenta na internet e etc.. Isso tem criado desorganização e desorientação no âmbito da educação, da relação entre pais e filhos daquilo que você imagina que como uma pessoa deve ser. Esses conhecimentos, eram proibidos justamente pelo motivo de pessoas despreparadas, distorcerem conhecimentos, e egoisticamente agirem como seres imbecis, se achando deuses sem mérito algum.
Nas identidades, numa geração ansiosa, carente de informação... Isso tem criado inclusive bastante bagunça no mundo da política, as pessoas, "comuns", (os profanos), pelo menos uma grande quantidade, despertaram de um transe hipnótico. Radicalizando a polarização, produzindo cada vez mais um empobrecimento semântico, cada vez maior. Porque ainda que se fale por aí que o "Twitter" é uma ferramenta de "gente inteligente"... Quando alguém é inteligente olha pro "Twitter" normalmente percebe que não é necessariamente o caso. Porque você tem frases completamente curtas, repetitivas, furiosas ou até mesmo sem nexo algum. Há uma sensação de que tem um "Caos" andando por aí. Uma certa desordem! E não é aquele "Caos Fetiche" que muita gente gosta de falar. É o "Caos", confusão mesmo! Sentimento, desorientação, que gera ansiedade, falência dos nossos mecanismos de controle, e sentimento de que o mundo não é mais o que foi dos últimos trezentos (300) anos. Por que nos últimos trezentos (300) anos havia uma utopia dentro disso... E agora não há mais!
Nota: Estamos vivenciando um "Caos Contemporâneo"... A vida é basicamente cheia de regras, às vezes cumprimos, outras não. Temos milhares de defeitos, inclusive "não sermos perfeitos". Quando se trata de "regras", estamos lidando com regras puramente desnecessárias. Lidando em um mundo completamente ao contrário onde pessoas parecem robôs e robôs são tratados como pessoas. Pessoas que não se socializam, sentam para um café e conversar com amigos... Dividir sobre o que é importante. Pessoas que parecem não saber mais lidar com outras pessoas, e elas não sabem mesmo! Tornaram-se uma geração sem sentido, sem permissões para entender, escutar, questionar e etc..
Vejo alguns jovens, que ainda possuem um pouco de capacidade para refletir, perguntarem nas redes sociais... Então o "Estoicismo" e a saída pro "Caos Contemporâneo"?! R: Veja bem... Eu não acredito que tenha saída pra coisa nenhuma! Agora o "Estoicismo", ele é muito sedutor, porque ele é uma "escola filosófica" que de certa forma, coloca na sua mão digamos assim, no uso justo medido da razão, a possibilidade de uma vida em que você tenha menos frustrações. No sentido em que você "não deve ter tantas expectativas" a certas coisas... O "Estoicismo", ou "filosofia estoica", é uma filosofia de ética pessoal e uma metodologia para buscar sabedoria prática na vida. Um princípio-chave dos antigos estoicos era a crença de que não reagimos aos eventos; reagimos aos nossos julgamentos sobre eles, e os julgamentos dependem de nós. Eles também aconselharam que "não devemos nos preocupar com coisas além do nosso controle", pois tudo na vida pode ser dividido em duas categorias, coisas que dependem de nós e coisas que não são da nossa conta.
Obs.: "O estoicismo não é tanto uma ética, mas uma receita paradoxal para a felicidade". Mas afinal... O que é "Estoicismo"?!
- Temperança... Moderação da alma quanto aos desejos e prazeres que normalmente ocorrem nela; harmonia e boa disciplina na alma em relação aos prazeres e dores normais; concórdia da alma em relação a governar e ser governado; independência pessoal normal; boa disciplina na alma; acordo racional dentro da alma sobre o que é admirável e desprezível; o estado pelo qual seu possuidor escolhe e é cauteloso sobre o que deve fazer (grego: σωφροσύνη "sophrosyne", latim: temperantia);
- Justiça... A unanimidade da alma consigo mesma e a boa disciplina das partes da alma em relação umas às outras; o estado que distribui a cada pessoa de acordo com o que é merecido; o estado pelo qual seu possuidor escolhe o que lhe parece justo; o estado subjacente a um modo de vida respeitador da lei; igualdade social; o estado de obediência às leis (grego: δικαιοσύνη "dikaiosyne", latim: iustitia);
- Coragem... O estado da alma que não é movida pelo medo; autocontrole na alma sobre o que é temível e terrível; ousadia na obediência à sabedoria; ser intrépido diante da morte; o estado que está em guarda sobre o pensamento correto em situações perigosas; força de fortaleza em relação à virtude (grego: ανδρεία "andreia", latim: fortitudo);
- Sabedoria... A capacidade que por si só é produtiva da felicidade humana; o conhecimento do que é bom e mau; o conhecimento que produz felicidade; a disposição pela qual julgamos o que deve ser feito e o que não deve ser feito (grego: φρόνησις "phronesis" latim: prudentia).